Segue...

Cheguei a pensar em comentar sobre a morte do Michael Jackson, mas achei que não deveria escrever nada a respeito. Muito já se tem falado sobre isso. E muito já se tem especulado sobre tudo isso. O talento dele é inegável e mesmo os que não gostavam da sua música, acabam por reconhecer sua importância na atualidade. Deixar um trabalho assim é bastante nobre.
Mas não poderia deixar de falar no que o mundo comenta, para poder falar sobre outra perda, menos comentada, mas igualmente grande. Pina Bausch foi grande. Mulher criativa que revolucionou o mundo artístico e quebrou barreiras do teatro e da dança. Dirigia o Tanztheater Wuppertal na Alemanha e produziu muito. Pina Bausch já ganhou numerosas congratulações ao longo de sua carreira, entre eles o prêmio em Kyoto, 2007, frequentemente considerado como o Nobel das Artes. Ela foi condecorada por seu trabalho revolucionário na arte do teatro, por romper as barreiras entre dança e teatro e propor um novo rumo na arte teatral.
Eu que me enveredo pelos caminhos da dança-teatro e descubro a beleza disso tudo, fico triste pela perda dessa artista, mas com a esperança do seu legado continuar e que mais e mais essa arte contemporânea seja vista e aplaudida.

Em setembro o Tanztheater Wuppertal viria a São Paulo.


Coisas tristes não deveriam ser comentadas

Coisas tristes não deveriam ser comentadas. deveriam ser assimiladas e guardadas. Não esquecidas por que todas elas são marcas do caminho e deve-se respeito a isso. Mas guardadas na lembrança. Acho mais fácil superar se permanecer o silêncio. Ele ajuda à reflexão e acho que é capaz de dar mais centro. Mas a palavra também é importante e ela deve cumprir o destino de ser verbalizada. Não no centro do furação; não enquanto estamos colhendo os cacos e juntando os pedaços, mas depois de tudo assimilado e, aí sim, repartir com mais propriedade o que se pensa e sente.

Isso é tão renatiano...

Quando o céu ficou pequeno para tantas janelas? Quando contar estrelas passou a ser menos interessante do que contar janelas iluminadas? Janelas que varam a madrugada e têm a insônia como parceira e segredos guardados. Palavras nunca reveladas. Mundos escuros, música baixa, talvez o barulho do vento entre os vãos dos prédios. O que será que cada uma guarda? Qual dessas janelas esconde o mesmo medo que o meu, a mesma angústia, a mesma aflição? Não consigo ver, só contar. E de uma em uma o vazio toma conta de mim. Sinto minha respiração e a solidão a devorar.

Solidão.

Antes, quando eu contava estrelas, eu pensava que solidão fosse estar sozinha. E não tinha ninguém mais sozinha do que eu. Mas essa solitude é algo que se aprende. Somos condenados a ela. Assim como o tempo não para, não há como impedir de se estar só. Não há um aprendizado que não se faça sozinho. Não há como entender nada a não ser sozinha. E eu aprendi.
Será que em alguma dessas janelas tem alguém que se sinta assim? Ou será que logo ali existam apenas idiotas que não enxergam? Que ali todos sejam amados e esqueçam de que vieram ao mundo sozinhos. Não sei. Amar, ser amado. Retribuir carinho. Desejar...
Talvez, a pior solidão é a de não ser amada.

(rascunho extraído de um conto recém escrito por renato possidônio, essa pessoa que vos fala)

Calvin


Adoro tirinhas. Algumas são bem irônicas e humoradas e tenho como preferidas as do Calvin e Haroldo e também as do Snoopy. Aliás, um personagem adorável, não acham?
Essa tirinha daí de cima, eu encontrei num blog dedicado ao Calvin.

Isso é tão renatiano...

O Sótão
Sempre se perguntava o que poderia ter no pequeno sótão de sua casa. Uma construção antiga, toda em madeira. Austera e rígida. Aconchegante como todo lar deve ser e protetor do inverno devastador e do verão não tão quente; algo que já começava a mudar por conta do aquecimento da terra a que sempre havia escutado. Por fora conseguia ver o telhado apontado em direção ao céu, com duas abas simetricamente posicionadas com pequenas telhas acinzentadas. Escorregar por entre as telhas e mergulhar no gramado seria fantástico, desconsiderando a probabilidade disto acontecer causando algum ferimento. Da escadaria que ligava o hall central aos aposentos de dormir; no último lance de escadas, no teto, um alçapão dava acesso ao espaço nunca explorado. Sabia que seu pai guardava pequenos objetos ali, mas nunca havia de fato entrado no sótão. Pensou um instante se não poderia ser um lugar mágico. Se talvez funcionasse como um portal que a levasse às terras mais afastadas da imaginação e a levaria para dançar com seres encantados e criaturas engraçadas, que a estenderiam tapetes coloridos, e a levariam para rodar por entre as macieiras e a tarde se tornasse uma grande festa de celebração a ela e a sua felicidade.Gostava de imaginar que seria assim. Pensava ainda que no sótão pudesse existir um mundo inteiro de céu anis, com flores amarelas num grande campo de girassóis, maior do que jamais havia visto. Onde ela pudesse correr por entre todas as flores, que a saudariam numa dança sublime, sentindo o vento em seu rosto e o perfume de suas amigas. Ali, onde os girassóis sumiam no horizonte e fugiam do alcance de seus olhos quando tocavam o firmamento, as cores do mundo eram sempre vivas, como uma tarde de outono. Acreditava ainda que pudesse voar pelo céu e mergulhar na imensidão de pétalas amarelas, que a receberiam de forma suave e doce, e que suas folhas a envolvessem como num abraço carinhoso. E quando a noite caísse, e a lua se impusesse no espaço, trazendo milhares e milhares de estrelas brilhantes, iluminando a noite escura, no alto de uma colina de grama macia, ela e seus amigos encantados pudessem entender das grandiosidades do mundo. Dalí, daquele lugar fantástico, a consciência se faria mais presente, e a noite escura se ligando ao espaço permitia que seus olhos se dessem conta de que era parte desse todo, de que estava ligada diretamente a tudo e que, sim havia a maior certeza de todas, fazia e era parte do mundo. A escada de madeira, com degraus estreitos e pintados em branco, um pouco empoeirados por ficarem sempre escondidos no alçapão da casa, abriam caminho para um quadrado escuro ao qual nunca havia cruzado. Raramente via o alçapão aberto e as escadas baixadas. Mas sempre que cruzava com a pequena porta fechada, pensava no que poderia ter ali. Mas naquele dia, já não pensava mais assim e desejou, com toda força, que o seu mundo continuasse a existir. Para ela era melhor não abrir aquela porta. Era melhor aquele quadrado escuro permanecer inexplorado para que cada dia, pudesse brincar mais com seus girassóis. E assim foi.

Balé da Cidade de São Paulo


Assisti no Teatro Municipal de São Paulo o espetáculo do Balé da Cidade "Canela Fina". Na verdade, uma das quatro coreografias apresentada pela cia. Os movimentos são incríveis e constrói-se imagens bastante fortes em meio a muita canela e um delicioso aroma.


CANELA FINA
Coreografia criada por Cayetano Soto para a Companhia 1 do BALÉ DA CIDADE DE SÃO PAULO.

Segundo o coreógrafo Cayetano Soto, “canela fina” é uma expressão muito antiga usada pelo povo espanhol para se referir a algo ou alguém que é muito sensual e desejável. “A canela é especiaria milenar que contém um aroma muito sensual e há muitos séculos é utilizada como afrodisíaco”, diz.

“Durante o espetáculo, esse elemento será o estímulo que transmitirá as sensações ligadas em primeiro lugar para utilizar como uma tormenta de chuva e em segundo por seu aroma tão peculiar e penetrante”.

Etologie

Recentemente atuei em um curta-metragem onde também tive a possibilidade de desenvolver o roteiro que com a ajuda do diretor acabou passando por algumas adaptações durante o processo de produção. O trabalho ficou lindo mas ainda não está completamente pronto. Entretanto, abaixo segue uma cena inserida no curta. São poesias extraídas do livro 'Ants Have Sex in Your Beer' de David Shrigley.
Com Marcelo Thomaz, Tatiane Zucato e Renato Possidônio.

Isso é tão renatiano...

Apesar do forte calor do fim de verão, do céu tomado por um azul tão intenso que qualquer pessoa consciente de si teria vontade de mergulhar na sua imensidão e dos tons alaranjados do cair do sol que já se despedia para brilhar em outros jardins as cores das folhas e das copas das árvores já não tinham mais a mesma intensidade de sempre. Era como se tudo estivesse encoberto por um imenso véu, estendido por milhas e milhas, pelas mãos de alguém que já não queria mais a luz dos dias ensolarados e desejava que todos, dali ou daqui, vivessem na tarde gris. Uns diriam que sempre é compensador depois de tanto brilho um dia cinza para se ter uma pausa num café desses pequeninos, que os transportam para Paris ou alguma cidadezinha lá da Europa, que nem sempre sabem onde é ou quais são os seus problemas físicos, mas que decididamente, seria melhor do que estar ali. Limitando-se a enxergarem o prazer de se estar ali e reconhecer em si mesmo um ser único, integrante de todo universo. Mas isso não importa perto da cidade de coordenadas geográficas desconhecidas. Mesmo assim, essas mulheres e homens se firmam em acreditar que o café possa ser proveitoso ainda que estejam apenas ali, onde têm de estar. Outro grupo de pequenas senhoras com o pescoço enfeitado por bolinhas brancas achatadas nas pontas e presas umas do lado das outras por uma corrente invisível, de casaquinhos finos e óculos de sol de lentes marrons e também de senhores de camisas e boinas cuidadosamente colocadas para que o sol não queime suas cabeças já expostas a essa altura da idade, também devidamente distintos como as senhoras, diriam que tardes assim nem sempre são proveitosas. Talvez por conta das muitas já vividas, não reconheçam a graça e, quase que unanimemente, escuta-se de suas bocas a profecia da chuva que se aproxima e que fatalmente cairá sobre a cabeça de todos, sejam jovens, velhos, pobres, ricos, indigentes ou simplesmente... Gente. Todos transeuntes que por ali passam e que já sentem a garoa repousando na pele e nos pêlos.
Imaginava quem tivera ordenado tal fardo àquela tarde. Por que tivera nascido tão bela e esplendida, casando em perfeita harmonia com o sol, mostrando-se plena, feliz e quente. Por que alguém jogaria tamanho peso em suas costas e não permitiria que ela, a Tarde, se despedisse de forma estável sobre o firmamento. Será que algum desencontro do acaso ou alguma mágoa perdida há muito tempo teriam voltado à tona? Ou talvez alguma grande frustração de não se reconhecer como plena tenha irrompido o céu e, naquele momento, naquele exato momento, seu coração tenha se comprimido, se espremido, se torcido de uma dor tão latente e pungente que a tenha devastado de maneira tão profunda e que nada a faria se despedir e passar à Noite seu posto de forma incólume. Se pudesse, perguntaria à Tarde o motivo de tanto desespero e tentaria consolá-la. Mas já não era mais possível. A Tarde já chorava e chorava também seus olhos. Que o sol da próxima tarde brilhe para todos, pensou, buscando um abrigo diante da melancolia de sua amiga e também diante da sua. Alguns transeuntes ainda insistiam em correr por entre as lágrimas. Não quis arriscar, dado à força com que vinha a tristeza da Tarde.

Isso é tão renatiano...

Teatro Bom - Teatro Ruim
Eu não me lembro ao certo quando me apaixonei pelo teatro. O
que tenho certeza é que desde pequeno sempre me senti
diferente dos meus amiguinhos de escola e da vizinhança.
Imaginação fértil, criador de histórias e uma capacidade
assustadora de introspecção que me levavam para uma espécie
de mundo paralelo, como uma arena onde eu pudesse criar o
que bem entendesse. Quase um esquizofrênico que não se
relacionava com o exterior. E vamos ao psicólogo, vamos à
análise e conversas de horas para diagnosticar que sempre
fui perfeitamente saudável, sendo apenas uma criança
reservada e tímida. Hoje posso perceber com clareza que
durante muito tempo, devo dizer minha infância inteira e
parte da adolescência, vivi muito mais o plano interno do
que o externo e o teatro é para mim um canal para conseguir
equalizar tais universos. É se conhecer e tentar entender as
relações humanas e crescer a partir delas; enriquecer o
pensamento e transformar ideais em voz. Daí meu interesse
pelo lúdico; pela caixa preta que nos possibilita sermos
maiores ou menores, criaturas esdrúxulas ou refinadas. Ao
fato de propor para a platéia e conduzi-la a uma viagem.
Isso tudo é apaixonante. Fora todo o trabalho do ator que se
entrega plenamente e se coloca diante de um público com suas
propostas, seus gestos, sua partitura vocal e de corpo por
inteiro.
Como é gratificante criar. Tomar aquilo como seu, se
apropriar de tal personagem e transportar para linguagens
cênicas diversificadas.
Nunca pensei que em algum desses casos me sentiria castrado. Como
se o que eu fosse propor em cena estivesse errado e eu
tivesse que me adequar aos moldes estabelecidos. Sim! O
conflito é esse: me encaixar em algo que não sei se acredito
muito e desenvolver um trabalho tão próximo da realidade
cotidiana que chega a ser chato e até banal do ponto de
vista criativo.
Mas me pergunto, como espectador, qual a graça de se ver um
espetáculo onde atores discutem o drama como se estivessem
na sala de suas casas, segurando xícaras com chá quente em
volta da mesa do café da manhã, com textos
hiper-naturalistas e cenário impecável, tal qual uma novela?
Para mim, nenhuma! Quero ser instigado. Ver essa cena do chá
sobre outra óptica, ser transportado para outros mundos,
analisar e pensar no que é subjetivo, no que os atores estão
falando, nas verdades dos autores. Isso para mim é
fascinante. Sair do teatro com a sensação de que aprendi
algo novo e de que estou SIM pensando. Por que todos nós
estamos vivos e temos a capacidade de pensar, de transportar
idéias, de concordar ou discordar, de querer ou não querer e
até de se revoltar com o que está sendo proposto e
simplesmente não aceitar. Mas está ali. Dentro de você
alguma coisa aconteceu quando se vê um bom teatro. E isso é
gratificante para ambos os lados. Tanto para quem se entrega
ao palco como para quem vê. E é isso o que eu quero. Quero
mais. Quero propor com meu corpo, quero imagens construídas
através da minha subjetividade, da minha vivência, do meu
estudo, quero um olhar diferente em relação ao cotidiano.
Será que esse novo teatro é importante e interessante
exatamente porque propõem o pensamento do público de maneira
superficial?
Como se as pessoas não quisessem ouvir verdades ou até as
escutem, mas que seja de forma mastigada, porque afinal de
contas, vivemos em tempos de preguiça.
Será que propor o pensamento tem que ser menor do que o
entretenimento? Se o for, eu concluo que isso tudo é muito
triste e talvez seja melhor ficar em casa assistindo a
novela. Afinal, no mundo de interatividade que estamos, a
gente pode até propor se o mocinho termina com a mocinha,
claro que de uma forma muito real e naturalista.

Chegou no Brasil

O carro super compacto "Smart", bem comum pela europa, acaba de chegar no Brasil. Eu já ví alguns modelos andando pelas ruas de São Paulo, que já são tremendamente engarrafadas e tendem a piorar. Pelo menos o modelo que é bem pequenininho cabe em qualquer vaga, só o preço que não é muito compacto no mercado brasileiro.
Na foto, minha querida irmã demonstrando o tamanho do carrinho numa das bucólicas ruas de Lisboa

Salve salve mundo virtual!!

Por bons tempos fiquei fora do universo cibernético em se tratando de blogs e afins. Só mesmo o email que não dá mais para deixar de lado e que, para mim, é a melhor ferramenta de todas.
Mas pra (re) inaugurar o blog, escolhi um texto já bem conhecido mas que nunca perdeu o encanto pra mim e me faz ter orgulho da profissão.

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Por mais que as cruentas inglórias batalhas do cotidiano tornem um homem duro ou cínico o suficiente para ele permanecer indiferente às desgraças ou alegrias coletivas, sempre haverá no seu coração, por minúsculo que seja, um recanto suave onde ele guarda ecos dos sons de algum momento de amor que viveu na sua vida.
Bendito seja quem souber dirigir-se a esse homem que se deixou endurecer, de forma a atingi-lo no pequeno núcleo macio de sua sensibilidade e por aí despertá-lo, tira-lo da apatia, essa grotesca forma de autodestruição a que por desencanto ou medo se sujeita, e inquieta-lo e comove-lo para as lutas comuns da libertação.
Os atores têm esse Dom. Eles têm o talento de atingir as pessoas nos pontos onde não existem defesas. Os atores, eles, e não os diretores e autores, têm esse Dom. Por isso o artista do teatro é o ator.
O público vai ao teatro por causa dos atores. O autor de teatro é bom na medida que escreve peças que dão margem a grandes interpretações dos atores. Mas o ator tem que se conscientizar de que é um cristo da humanidade e que seu talento é muito mais uma condenação do que uma dádiva. O ator tem que saber que, para ser um ator de verdade,. Vai Ter que fazer mil e uma renúncias, mil e um sacrifícios. É preciso que ator tenha muita coragem muita humildade e sobretudo um transbordamento de amor fraterno para abdicar da própria personalidade em favor da personalidade de suas personagens, com a única finalidade de fazer a sociedade entender que o ser humano não tem instintos e sensibilidade padronizados, como os hipócritas com seus códigos de ética pretendem.
Eu amo os atores nas suas alucinantes variações de humor, nas suas crises de euforia ou depressão. Amo o ator no desespero de sua insegurança, quando ele, como viajor solitário, sem a bússola da fé ou da ideologia, é obrigado a vagar pelos labirintos de sua mente, procurando no seu mais secreto íntimo afinidades com as distorções de caráter que seu personagem tem. E amo muito mais o ator quando, depois de tantos martírios, surge no palco com segurança, emprestando seu corpo, sua voz, sua alma, sua sensibilidade para expor sem nenhuma reserva toda a fragilidade do ser humano reprimido, violentado. Eu amo o ator que se empresta inteiro para expor para a platéia os aleijões da alma humana, com a única finalidade de que seu público se compreenda, se fortaleça e caminhe no rumo de um mundo melhor que tem que ser construído pela harmonia e pelo amor. Eu amo os atores que sabem que a única recompensa que podem Ter – não é o dinheiro, não são os aplausos – é a esperança de poder rir todos os risos e chorar todos os prantos. Eu amo os atores que sabem que no palco cada palavra e cada gesto são efêmeros e que nada registra nem documenta sua grandeza. Amo os atores e por eles amo o teatro e sei que é por eles que o teatro é eterno e que jamais será superado por qualquer arte que tenha que se valer da técnica mecânica.

Plinio Marcos
Do livro “Canções e Reflexões de um Palhaço”