sabe aqueles dias que você pensa, pensa e pensa e acha que nada está muito certo? não sei se todo mundo tem isso, mas parece que hoje, quanto mais eu penso, menos eu sei. mas também, saber do que? e pra que?
hoje eu tava assistindo uma espécie de documentário sobre curas espirituais. ainda to com a imagem da mulher que atravessou o continente para fazer uma cirurgia espiritual aqui no brasil. por volta dos 50 anos (ou menos, porque os medicamentos e quimio fizeram com que o seu corpo se abatesse rapidamente). o fato é que ela desistiu do tratamente médico e veio fazer a cirúrgia espiritual numa decisão definitiva. ela disse que preferia tentar essa opção, ainda que fosse a última, do que viver envenenada pelos remédios, com uma sobrevida de pouquíssimos anos. o seu médico já havia dito que nada mais poderia ser feito. inconformada, ela veio. e veio cheia de fé. arrumou forças e veio fazer o tal tratamento cirúrgico. ela seguiu todo o tratamento a risca, acreditou cegamente naquele curandeiro e mais, acreditou na sua cura. ela veio acompanhada do marido. precisou fazer uma espécie de quarentena depois de ter se submetido a cirurgia espiritual. os dias foram passando e sua resistência foi diminuindo. o curandeiro disse que agora, naquele ponto, ela devia procurar a ajuda de médicos porque era o que ela precisava naquele momento e que antes do final da quarentena ela estaria bem. ela correu. partiu de novo para a quimio, mas mesmo se sentindo mal, disse que a energia do lugar, as pessoas e toda a história faziam com que ela ja se sentisse curada. após mais alguns medicamentos, já melhor, e visivelmente renovada, ela voltou para o seu país e refez todos os exames. o médico a parabenizou e disse que o seu problema havia se estagnado, mas que por se tratar de doença complicada, somente os próximos meses diriam exatamente se haveira chances daquilo voltar.
ela respirou aliviada, deu um leve sorriso e chorou. um choro contido, um alívio. em mim passou uma força em lutar, em querer viver. ela acredita que teve que passar por tudo isso e que a cirurgia espiritual a curou. depois, médicos e especialistas discutiam, não só o caso dela, mas o de várias pessoas que são curadas por essas vias de tratamento e não chegaram a uma resposta, óbvio.
mas o discurso de que a fé é a grande propulsora, a protagonista para que tais atos funcionem era visível. que capacidade que o ser humano tem! será que a força está em nós mesmos ou no mundo, nas energias? ou será mesmo tudo uma troca e as duas perguntas estejam corretas?
por que será que alguns passam momentos tão difíceis com a saúde, por que outros passam momentos complicados com a família, com pessoas que amam, com injustiças. impossível não pensar naquele dito popular de que cada um carrega a sua cruz. e carrega para aprender, mas aprender tanto pra que? pra onde cada um vai levar todo esse conhecimento. eu tenho minhas crenças e por isso quero sempre aprender. espero que aquela mulher esteja bem...

1 comentários:

  Tom

5/10/09 00:14

Eu acredito muito na força da fé. O problema é que só temos a chamada "fé verdadeira" quando estamos realmente no fundo do poço, aparentemente sem saída... Por que somos assim?...
Abração!